Pela primeira vez, dados sobre a eficácia de uma vacina para covid-19 foram divulgados, com reações favoráveis da comunidade científica e das bolsas de valores no mundo todo. A norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech anunciaram ontem que uma análise preliminar do estudo de fase 3 da substância que vem sendo testada em 43.538 pessoas — 2 mil delas no Brasil — teve eficácia "superior a 90%". Isso significa que nove em cada 10 voluntários imunizados foram ficaram protegidos contra o Sars-CoV-2 com duas doses da vacina. Porém, especialistas lembram que os resultados não são os definitivos e que, como nenhum artigo científico foi publicado, faltam informações importantes, como a faixa etária dos participantes.

A vacina da Pfizer/BioNTech foi apresentada em 17 de março e, até agora, mais de 34 mil pessoas receberam as duas doses. Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 11 imunizantes estão na fase 3 de testes, sendo que nove estão com resultados preliminares prontos, embora ainda não divulgados. Ainda sem previsão para o lançamento comercial, a substância é cotada para entrar no mercado no primeiro semestre de 2021. O governo brasileiro não se mostrou interessado, até agora, em adquirir doses da vacina.

A análise divulgada ontem se refere a um grupo de 94 participantes do estudo e que desenvolveram a covid-19. Desses, 90% receberam placebo. Não mais que oito dos que adoeceram foram imunizados com a vacina de mRNA, protocolo que utiliza a sequência genética do vírus para ensinar as células a reconhecer e lutar contra ele.

Apesar das reações positivas, especialistas lembram que os dados são preliminares e podem mudar quando envolver um número maior de participantes. Faltam, por exemplo, informações sobre prevenção de casos graves, aqueles que levam à hospitalização e ao óbito. Também não se sabe a duração da imunidade provocada por ela. Em um estudo publicado em setembro na revista Nature, porém, os pesquisadores que desenvolvem a vacina da Pfizer informaram que a substância induz uma resposta robusta não só de anticorpos, mas de células de memória, capazes de reconhecer o vírus e lutar contra ele por muito tempo.

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